Representando Observatório Polonês da Unespar
Quando a gente diz um SIM de verdade a energia reverbera e o universo responde. Tem sido assim desde que mergulhei no aprendizado sobre Poloneses e Ciganos Poloneses.
Participar do Observatório Polonês da Unespar tem sido um presente com desafios.
Coloquei como meta participar do meio acadêmico, buscando e levando informações sobre ciganos poloneses, mas quando me inscrevi neste, realmente tremi na base. Fui questionar o porquê não falam sobre ciganos?

E assim foi minha participação no VI Simpósio Internacional de Estudos Eslavos com tema: Ciganos na Polônia e a Reconstrução do Processo Migratório de Poloneses no Brasil.
O simpósio organizado pela Unicentro foi on-line, e eu entre poloneses, ucranianos, russos e brasileiros. Experiência enriquecedora!
Trazer este debate me fez refletir sobre a importância de ampliar olhares das pessoas. Eu danço, sou professora de danças e no nosso universo das danças ciganas, temos muitas informações que muitas vezes passam despercebido em meio acadêmico e construir este legado em paralelo, tem sido incrível.
Acredita-se que o maior número de ciganos Rom chegou ao Brasil no final do século XIX, juntamente com a primeira onda migratória de italianos, alemães, poloneses, russos e gregos, embora a partir da instalação da República, a polícia portuária tenha proibido o desembarque de ciganos em território brasileiro.
Fonte: Dornas Filho 1948. p. 139.


Em outra passagem, os ciganos foram enviados de volta a Portugal. Essa é uma forte indicação de que os rom que conseguiram ser aceitos como imigrantes provavelmente não assumiram a sua identidade publicamente. O documento explicita o fato ocorrido em 14 de dezembro de 1936, quando 30 poloneses e gregos ciganos, a bordo do navio Almirante Alexandrino, oriundo de Lisboa, foram impedidos de desembarcar no porto de Santos, no Estado de São Paulo (Carneiro & Strauss, 1996, p. 121).
Segundo a Revista USP, como os sobrenomes ciganos não eram tão facilmente identificáveis como os dos judeus, os mais afortunados possivelmente entravam no país como “europeus brancos”.
Então fica meus questionamento para que mais pesquisadores sejam inspirados.
Porque quando se fala da imigração Polonesa ou Eslava para o Brasil não se fala sobre ciganos?
Um cheiro da ,
[ escrito em 02/10/2021 e revisado em 09/02/2025]