A importância de falar sobre as plantas

Evento Ervas e Conversas da Uniarp

Nesta semana estive participando do evento intitulado “Ervas e Conversas” realizado pela Uniarp em Caçador – SC.

Representando Templo de Ser, o nosso coletivo do Bem Viver seguimos Adriane Tomkiewicz e eu seguimos para essa roda de conversa.

Troca de experiências com relação às Benzedeiras do Vale do Iguaçu e a importância das plantas medicinais para a saúde da comunidade.

Falando em região, aqueles encontros marcados pelo universo com Alzira e Ezanir Prates, as caboclas de força e honra do nosso Contestado. Gratidão pelo reencontro!!

Seguimos com nossa bandeira:
“As Benzedeiras são patrimônio imaterial dos nossos municípios”, numa região onde historicamente os benzimentos fazem parte da cultura regional.

Lembrando que as medicina das plantas fazem parte das Políticas Nacionais de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPIC e a de Plantas Medicinais e Fitoterápicos – PNPMF. A PNPIC e a PNPMF foram instituídas em 2006 e são marcos fundamentais para o desenvolvimento dessas ações no SUS.

Aqui no Brasil são consideradas práticas complementares enquanto em outros países são base da Medicina Tradicional como na Índia e China. Sabemos o quanto o uso de plantas tem um custo benefício mais barato para quem faz uso e também ela vem de encontro com as sabedorias tradicionais e integrais, ou seja, uma visão holística do Ser.

Essas pequenas participações fazem com que a nossa Voz tome força diante de tantas dificuldades enfrentadas na aplicação de estratégias eficientes para a comunidade.

Como fazer acontecer num local (União da Vitória-PR) onde até mesmo a  Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa foi fechada?

Qual o impacto deste “não” no município?

Hoje um reflexão e um quem pode ajudar?

Um cheiro da 🌹 Scharlene Amarante, a Ninfa do Amor

logo ninfa do amor

Yló o Festival que vem com a Alma-Espírito Cigano

IV Festival de Artes Ciganas – edição “YLÓ”

Quando chamei a Tay para fazer a curadoria, falei que precisávamos de um nome com significado e então surgiu “YLÓ” no dialeto Calô falado pelo subgrupo Calé que são os ciganos da Espanha.

Quando vamos falar em linguagens e dialetos ainda encontramos muitas variáveis em estudos e fontes de conhecimento.

Tay Garrido Delarosa trouxe de seu conhecimento e ela ainda traz provas…hehehe

Para nos ensinar trouxe o dicionário Apuntes del dialecto Calô – o gitano puro

O Romani é uma língua indo-europeia do ramo indo-ariana (ao qual pertencem, o Sânscrito, o Pali, e outras línguas indianas modernas, como Hindi, Punjabi, Bengali, Nepali…) e é falada na Europa desde o século XII. Desde o século XVIII os linguistas descobriram uma estreita relação entre o Romani e as línguas da Índia. Principalmente entre o Rajastani e o Hindi.

O Romani esteve em contato com diferentes línguas: persa, armenia, grega, romena, entre tantas outras. Na Europa, o Romani se fragmentou em diversos dialetos que são classificados em quatro grandes grupos:

  • Dialetos balcánicos (sudeste);
  • Dialetos centrais;
  • Dialetos do norte;
  • Dialetos Vlax (leste).

A fragmentação territorial e diversidade dialetal fizeram do Romani uma das poucas línguas faladas por todo o mundo: América, China, Austrália, Europa e África. Mas também, impediram que o Romani fosse normatizado.

Fonte: texto extraído do Seminário Ibero-americano de Diversidade Linguística, texto de Nicolas Ramanush Leite.

Então o Romani se misturou e foram surgindo dialetos!

Segundo estudo lingüístico do sub-ramo ibérico do romani, que inclui “duas variedades, hoje praticamente extintas: o Romani catalão e o Romani basco” ; o Caló, falado pelos gitanos (estamos aqui falando da Espanha, subgrupo Calé); o Calão dos ciganos portugueses e o calon, a língua dos ciganos brasileiros de ascendência portuguesa. Dado que estamos diante de “variedades mistas” do romani.

Como Tay Garrido Delarosa nos explicou existe uma comparação do Caló-Calão-Calon.

Tudo isso para dizer que nos baseamos no subgrupo a qual ela faz parte, os Calés que seu dialeto é o Calô (ou caló).

Yló nosso conceito!

Queremos mostrar a Alma-Espírito dos Ciganos!

Então para diferenciar, nosso conceito, nosso amor

Yló…a Alma – Espírito em Calô, dialeto Calé
Ilô…o Coração em Romanês (ou romani)
Yló o Festival de Alma, Espírito e Coração Cigano (juntando tudo)

Para isso nossos convidados são ciganos de comunidade e que alguns não trabalham artísticamente, mas usam de seus saberes como fonte de renda, como artesãos, e algumas calins (ciganas) que dançam em casa de forma tradicional e vem nos mostrar a realidade da dança em suas comunidades.

O Brasil é muito extenso e cada grupo, de acordo com a região em que está localizado manifesta de forma diferenciada a sua tradição.

Então aguardem!!

Um cheiro da 🌹 Scharlene Amarante, a Ninfa do Amor

logo ninfa do amor

1º Festival a incluir ciganos de etnia – edição “Yló” do IV Festival de Artes Ciganas

realização Scharlene Amarante

O Festival de Artes Ciganas que venho realizando, vem crescendo a cada ano. A cada edição uma novidade, e para esta, para honrar minha ancestralidade, pensei que ciganos de etnia também deveriam mostrar suas artes.

Normalmente o que vemos nos Festivais, são os profissionais de dança, professores e seus alunos. E ressaltando aqui, que não estou entrando em julgamento, pois eu também sou professora de danças e percorri este caminho.

Mas com tanta busca para me entender como Ser, a descoberta de minha ancestralidade cigana, uma chama se acendeu e neste momento entendi que trazer a comunidade junto, seria meu caminho.

Fiquei amadurecendo dentro de mim por um tempo, até “conceber”, trazer a tona para o plano material o modelo de como seria realizado esta edição e assim surgiu dois nomes em minha mente: Tay Garrido Delarosa e Aquiles de Oliveira.

Vamos conhecer?

Tay Garrido Delarosa vem participando de todas as edições e quando contei o que sonhava em fazer, descobrimos ter sonhos que se combinam e assim, a convidei como nossa cigana de etnia oficial ser a curadora artística, ou seja, ela vai fazer convites! Para esta edição, vamos trabalhar com convites!

Nossa curadora é callí de etnia Calé, ou seja, sua família veio da Espanha, contaram que era cigana quando tinha 13 anos. Também é professora de Danças em sua Escola “DelaRosa Gispy Dance” em Curitiba – PR. Vem com a missão de trazer mais ciganos de etnia para mostrar sua arte!

E assim nosso primeiro convite foi a Aquiles de Oliveira, também conhecido como Aquiles Calón para ser o Padrinho do Festival! Vem com a missão de trazer a representatividade masculina na Dança!

Nosso padrinho é cigano Calón e representante da Federação Nacional dos Ciganos do Brasil (Fenadruci ) e dançarino da Escola Carmen Romero com a professora e zíngara  Cecília Vela. Reside em Guaratuba – PR.

E eu Scharlene Amarante com ancestralidade cigana, a realizadora com premiação no Estado do Paraná em Comunidades Tradicionais “Ciganos”, selecionada em nível nacional como Mestre de Cultura Popular – representando os ciganos e Membro do Conselho Internacional de Danças – CID Unesco. Desenvolve projetos culturais. Facilita o circulo de Mulheres que Dançam – Rosas Espiraladas e é cocriadora do Templo de Ser – Coletivo do Bem Viver. Está em União da Vitória – PR.

Esse trio promete!!

Isso foi muito mais que um spoiler!!

Um cheiro da 🌹 Scharlene Amarante, a Ninfa do Amor

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