zar, muito mais que simples ritual

QUANDO FUI TOCADA PELO “ZAR”

Ainda sinto a emoção ao recordar-me do dia em que fui “tocada” pelo Zar. Estava tendo aulas de dança vivencial com Paula Ferreira quando ela percebeu minha dificuldade em lidar com a terra, pois sempre fui mais do ar…ou estava mais no ar naquele momento…

E então ela colocou a música…nossa sinto forte até agora…em primeiro momento o quanto me incomodou…senti raiva e ela dizia….”coloca para fora”…e eu coloquei!!

Em primeiro momento me senti meio fera…como se algo forte habitasse meu Ser. Foi então que entrei no “zar” de corpo e alma, deixei fluir…e coloquei para fora tudo o que havia para colocar…

Começou com um pulsar forte dentro de mim…comecei a balançar o corpo de um lado para outro, baixei a cabeça e quando vi já estava ajoelhada jogando a cabeça de um lado para outro com tamanha força que nem sei explicar…

Não conhecia Zar, literalmente fiz o ritual…e foi libertador!!! Surreal foi como o descrevi naquele dia.

Abaixo compartilho um trechinho desse dia, tão forte e intenso que gravei na memória, dia de 10 Julho de 2017.

Após esse dia eu inclui Zar em minha vida!

uma experiência marcante

O que significou este ritual em minha vida

Quando fui tocado pelo ritual houve uma recordação, isso já fazia parte de meu Ser, ou seja, eu já tinha ritualizado Zar em outras vidas!

É como simplesmente eu soubesse o que fazer e principalmente minha alma entendia o porquê estava fazendo…não…não dancei zaar…eu faço o ritual…me entrego!!

E como tudo que é diferente a primeira vista causa estranheza…eu quis muito fazer o ritual num Sarau que ia participar, porém não foi possível. Minhas próprias colegas de dança não conseguiam entender Zar. A professora responsável pela Casa de Dança não entendia Zar e todos ficaram com medo do que poderia acontecer em minha apresentação…

Eu é claro sabia o que poderia acontecer…um lindo ritual de entrega de emoções, de purificação e força, pois é isso que Zaar me proporciona.

Hoje entendo porque não foi aquele momento, pois Zaar pertencia a minha vida e não a delas…e foi isso…simples assim!!!

ZAR , o ritual

Zār é um ritual religioso de cura com origem aproximada no século XVIII, realizado hoje especialmente na Etiópia, no Egito, no Sudão, na Somália e no Irã.

As cerimônias de Zar se estabeleceram no Sudão nos anos 1820. Foram ilegalizadas pela lei de Shari’a em 1983, mas, ao invés de diminuir, parecem ter aumentado. Apesar do Zar ser tecnicamente proibido pelo Islã, ele continua a ser parte essencial dessas culturas.

Pesquisei com dois colegas, um Sírio e um Marroquino e ambos me falaram que ainda existem rituais como este em seus países.

Diferentemente do que é falado, Zar não é um exorcismo!!

O ritual Zār é uma experiência purificante!

Para que o faz é uma experiência “surreal” como já falei…o rítmo que acelera conduz ao mesmo tempo que para um estado alterado de consciência e você extrapola todos os sentidos e sentimentos até a música acabar e você sair do transe ao mesmo tempo exauta porém leve e renovada.

No Zar a mulher que vai ritualizar é o centro das atenções e recebe toda assistência necessária. Não há julgamentos para quem faz, pois são emoções sendo expurgadas…vividas e pacificadas e todos os sentimentos são válidos neste processo.

Olhando como forma de expressão, Zar permite movimentos livres, puros e totalmente espontâneos e como conexão,
assim como os Giros derviches ou a Danza Duende, nos permite ir de forma profunda visitar nosso interior e o Sagrado.

O efeito terapêutico fiva evidenciado para que já o fez.

Compartilho aqui dois pequenos documentários para quem deseja saber mais… com todo meu amor e respeito pela cultura e ritualística de Zār .

logo ninfa do amor
ninfa do amor avatar

Cheiro de Mudanças no ar…

Boas mudanças…

Como a vida é cheia de mudanças…hoje tenho duas “boas novas” em minha caminhada para compartilhar com Vocês.

Dia após dia, quando mergulhamos na experiência presente, é que possibilitamos a magia acontecer. A primeira mudança é na imagem da ninfa do amor, ganhando mais um corpo, nessa bonequinha de pano. Para sempre lembrarmos do poder que temos ao nomear as partes da vida

Em viagem para visitar a família recebi convite para feirinha local. E quando estava lá…vi ela na banquinha de decoração…coração bateu e foi amor a primeira vista!

Este mimo foi presente mais que especial de minha irmã Susan e tamanha felicidade, resolvi adotar como expressão da “Ninfa do Amor“.

Esta pequena rosa, representa todas as ninfas, todas as pessoas que desejam desabrochar…inclusive eu…bem provável que vocês vejam cada vez mais essa pequenina “falando” por si….hehe

nova ninfa do amor
Novo Caminhante na vida…

Sempre falei dos meus sonhos e convidei muitos a sonhar comigo…para isso é necessário coragem!

Coragem de se aprofundar em seu próprio Ser…coragem de olhar as feridas e curá-las…coragem de lapidar-se…

Coragem de despir-se de si e olhar os outros de forma integral…

Convite aceito e a partir de Janeiro…já não caminho mais sozinha…agora seremos dois caminhando lado a lado…

Ying yang…feminino e masculino…ou apenas dois seres….buscadores, desejando compartilhar de suas vivências…

Compartilho com vocês, porque somos feitos de histórias!

logo ninfa do amor

As tradições e as danças culturais

Scharlene Amarante no Sarau Cultural em Florianópolis – SC

Quando dançamos estamos trazendo elementos de um povo, suas tradições, seu modo de pensar e agir estão ali, codificados na dança.

As danças que remetem tradições podem ser olhadas sobre vários contextos.

A história, a geografia humana, suas produções enquanto arte, o modo de trajar, até a gastronomia aparece em dança…um olhar cultural, antropológico para além dos que os olhos querem ver…precisa sentir!

É uma imersão na arte e cultura de um povo.

Quando vestimos as roupas, sabemos o significado.

Quando reproduzimos este ou aquele movimento, sabemos o significado.

Quando iniciei nas danças, já foi através das danças orientais, pois queria dançar como as mulheres árabes.

Retornei e agora o universo das danças ciganas também se abrem.

Quanta riqueza! Agora além de lembrar das vidas ciganas e ver tarô, eu danço!

Não é apenas dança, você começa a olhar tudo, entender mais e respeitar.

Participando como bailarina no Sarau Cultural Casa Z.

  • Levamos dança circular cigana com professor Jhow Mercúrio.
  • Uma dança cigana circular da Macedônia, Indjski Cocek com a professora Sayonara Linhares.
  • Também dancei um Baladi em Danças Orientais com a professora jóia do nilo Paula Ferreira.

Faltou meu Zar que amo, mas não foi possível desta vez. Este é uma ritualística que venho me sintonizando, foi uma descoberta da minha alma…outra coisa que já fazia em outra vida…mas me reconectando…um aprendizado profundo! Já publiquei uma fotinho aqui!

Zar é a liberação dos sentidos! Ninfa do Amor

Meu retorno a dança me fez muito bem! Super recomendo! E logo estarei dando aulas!!

Um cheiro da 🌹 Scharlene Amarante, a Ninfa do Amor

logo ninfa do amor