Asas em versos para voar

Voo em versos,  em palavras

Escrevi este poema “Asas” quando tinha quatorze anos e toda vez que leio, ainda faz sentido. Não tenho audácia de transformar o mundo, mas tenho a vontade de fazer sentido àqueles que buscam um propósito maior do que viver sem sentir.

Minhas palavras podem não ser ecoadas à distância ou nem sequer lidas, mas o simples fato da existência delas já faz cumprir a missão…Os buscadores entenderão! Pois uma gota de água no oceano atravessa os mares em sua minuscula mas soberana reverberação.

Este poema foi escrito numa fase de adolescência e como todos sabem, os sentidos extrapolam, são intensos e sempre tive a sensação de ser um estranho no ninho.

Hoje continuo sendo estranha…hehe

Porém a familiaridade com o ninho foi resolvida!

Chega de enrolar e vamos ao poema:

Asas

Que estranha sensação de ser asas

Quando andamos com os pés no chão

Cada passa mais lento

Só aumenta a vontade de voar

Criando mais indignação

Deixando as pessoas perturbadas

Eu voei dessa lentidão

As Asas que todos querem

Só alguns conseguem ter

Ao mundo de desigualdades

Explode a busca pelo saber

Com os pés no chão

Esqueceram de voar

Em busca de suas perturbações

Deixando para trás

Qualquer risco de prazer

Nem sabem onde vão chegar…

Com tanta, tanta desilusão

As Asas que não me deram

Eu criei para mim

Cada passo em direção

Eu voo sem rumo

Afim de descobrir

Aonde esta minha parada

Para que se cumpra a missão

Das asas àqueles com sonhos sem fim.
Novas-Asas-em-versos-para-voar

Obs: recebi esta imagem por whatsapp, não sei quem fez, porém é linda e utilizei para contextualizar…Gentilmente a chamei de Agnes!

Caso seja você ou se conhece quem fez: me autoriza usar?

Então era isso! “Das asas àqueles com sonhos sem fim”

Sempre me chamaram de sonhadora e continuo sonhando, acho que os sonhos move o mundo! Quem não os têm?

logo ninfa do amor

Ritos de passagem

Ritos, portais das vivências

E quando nos deparamos para olhar…tudo são ritos de passagem…do nascer ao morrer. Escolhi este tema hoje porque como muitos me vêem como uma bruxa (e isso é engraçado) me avisaram que será o Samhaim e eu havia esquecido…que péssima bruxa sou eu!!

E isso me levou a fazer meu rito de passagem.. pensei…porquê não? Eu fui assistir o poer do Sol e a nascente da Lua em representação “do encerramento ao início”…simbólico, mas foi meu rito..e assim foi a minha virada de ciclo…e aguardamos o que vem pela frente!!

Mas a minha reflexão foi além…isso foi um rito de passagem ou um ritual?

O rito são intenções…pequenas práxis que te levam ao todo e a ritualística é feita de inúmeros ritos que em sua somatória acabam por si figurando o ritual.

Ou seja

Eu saudei a despedida do sol, minha intenção era a despedida…mas quando vamos em uma celebração multifacetada e que nos levam a todo momento a agir de tal forma…estamos num ritual.

Retornando aos ritos de passagem, nosso ponto de partida, ainda e de quantos são feitos nossas vidas? para que serve? e quais você segue?

Quantos inícios e encerramentos…nossas viradas de páginas que fazemos ao longo de uma caminhada…

hoje apenas reflexão…

ninfadoamor

O-veneno-e-antidoto-equilíbrio-no-quintal_ninfadoamor

O veneno disfarçado e equilíbrio no quintal…

Veneno se dissipa na complementariedade universal

Encontrei cogumelos em minha casa…devem ser silfos que plantaram…

Me avisaram que eram venenosos…

mas como venenosos? tão belos e pequeninos cogumelos

“rosas têm espinhos,

abelhas o ferrão,

cobras têm veneno nos dentes

e homens na intenção.

 

Pequeno verso, porém grande verdade. E quanto de nós é veneno?