Transição de Ciclo ou Ano Novo Astrológico

Ressaca do último ciclo

Acabamos de passar pelo ano novo astrológico, ponto de encontro entre dois ciclos. A chegada em Aries se faz há alguns dias no entanto ainda presente certo clima de resolução. Isso se deve a incidência de aspectos predominantes ao ciclo anterior, com o encaixe novo ainda por se desenvolver. Assim os últimos meses trouxeram a tona lidar com o que ainda restava e se fazia necessário. Volumosas e significativas mudanças soam, nesse sentido, da mesma forma que o ciclo de 2017 marca a lunação de Saturno, inicio de tal lunação se faz marco dessa era. Olhando para o significado desse ano um que passou, podemos perceber certos tons do recém nascido, ano dois, 2018.
Falar dessa lunação, é falar do empurrão para mergulho na era de Aquário. Processos coletivos necessitam de certos ajustes. Falamos de bilhões de pessoas únicas conectadas por suas diferenças.

 Cada um(a) e todas(os)

Os conflitos na atualidade se referem as formas de organização do dia a dia, seja na produção da vida, seja no complexo arranjo de mídias virtuais…que interferem na transformação de nossa sociabilidade , como lidamos com os outros. A internet traz possibilidade de divulgação e troca de ideias, informações, materiais de estudos mais uma infinidade de mídias. Ainda que sofra reflexos diretos da nossa política, com os controles e influências econômicas desse meio, conecta as consciências de forma consistente, fazendo com que os olhares de mundo se juntem e dividam, seja por afinidade, seja por repulsão.
Aquário como era tem essa cara, tecnologia gradualmente influenciando o comportamento diário. As mentiras são mais difíceis de se manterem. Ainda que muito material falso circule, a longo prazo, tende que haja reciclagem pelo próprio público. Aquário faz o contato,
rede coletiva se transformar em desenvolvimento pessoal. Em Aquário o social ganhará foco de todas(os).

Da terra ao meio céus

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Adaptação é a palavra de ordem. Os conflitos e bloqueios referentes ao estagio de evolução coletiva que é orientado, elaborada, precisa ser tratado material, emocional, mental e energeticamente. Pois a transição tende  gerar caos e destruição dos antigos padrões que perdem espaço e direito de se reproduzirem. Em um lento filtro diário, como se os motores de uma piscina tratassem o oceano, todo movimento e auxílio da congregação evolutiva se faz necessário. Assim como rever valores  e olhares que temos de nós, dos outros e do mundo.
Ano um na numerologia, 2017 reapresentou o inicio dessa caminhada. Gosto de pensar que estamos no ponto central da ampulheta…que a areia dos tempos estão se movimentando…assim remexendo as estruturas já declinadas.

Curso de estabilização

Quebra de grandes ciclos, como no caso entre eras em que vivemos trazem alerta, atenção e foco de libertação da consciência como bussola.  As determinações da racionalização seca não respondem  mais as duvidas íntimas. E é a revolução interna que abre espaço para novas formas de ser. Este 2018, na verdade ano dois. Diz respeito a absorção e resposta inconsciente aos chamados e faxinas que os astros tem trazido.  Sendo assim ajustes cármicos tem se transformado, assumindo mecanismos mais ágeis e compatíveis com as sutilidades que compõe o chamado evolutivo.
Tal como grandes mudanças levam tempo e custam…por tanto cabe entender que que o primeiro passo é dado a cada dia e conectar-se com as dificuldades permite perceber o que está sendo tratado em desenvolvimento.

Seguiremos refletindo mais sobre os processos coletivos em breve…

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Uma visão sobre Tarô

Tarô, seus caminhos e o tempo  

A data de surgimento do tarô é incerta, tal como apenas um mistério precede outro… Através dos tempos inúmeras formas de conexão com o universo e a experiência perante o mundo surgiram e se desenvolveram…
   Hoje falemos um tanto sobre Tarô. Tendo berço na idade média europeia, sob as tendências do chamado ocultismo, por sua base de elementos em apreciação dos fenômenos internos e externos, propostos em arquétipos; modelos, tipos, conjuntos de aspectos, que em cada carta buscam refletir sobre o ser no mundo, sobre os seres no mundo e, por que não, nos seres nos mundos. Pois das mais marcantes feições do tarô é a revelação de pontos de vista, de perspectivas e posturas.
   Os Arcanos, provém do latim e tem significado relativo a enigma, pois retratam, cada um, como carta, um quadro a ser explorado e relacionado com e para aprofundamento do complexo interagir de contextos que é a vida. Por tanto, como consenso, se denomina Tarô aos sistemas de 78 cartas, cada uma sendo um arcano, um universo de possibilidades em si mesmo.
   O desenvolvimento destes sistemas se refere a junção de conhecimentos antigos, há aspectos cabalísticos e astrológicos, por exemplo, em composição de esquema que propõe plena abordagem às tendências vividas.
   Há perspectivas no sentido que a leitura de tarô se trata de intermédio do leitor no equilíbrio entre seu consciente e inconsciente, para encontrar os sentidos apropriados das cartas a cada tiragem e sequência, referenciado em seu conhecimento sobre os arcanos…  Concordo com a importância dos estudos, que são para a vida toda. Penso nas tiragens, onde cada leitura ensina mais sobre o comportamento das cartas…no entanto, sinto algo além…
   Há respostas que fluem quando as cartas começam a nos mostrar a situação, quando se retrata a “paisagem” ou o contexto geral de tal forma que a constatação buscada, que a resposta resultado da pergunta, é apenas síntese do alcance que os arcanos permitem.

Magia

   É quando vem a profundidade e magia que tomam conta da atmosfera de consulta… Onde a busca de encontro com a vida e suas possibilidades assume as ordens e direção entre duas pessoas…A conexão com consulente, transcende a arte de interpretar as cartas e suas tiragens. É quando ressalta o elemento humano. Buscando incorporar a amplitude das cartas em convite para viagem de autoconhecimento e suas percepções.
  Ora, já dissemos sobre a forma que os sistemas retratam as potencialidades da experiência humana, constante narrativa de caminhos, trajetos, e relacionamento entre raízes e frutos do destino; mas como o ser reage a este retrato? Mediante um dia após dia tão engessado em relações e padrões repetitivos, onde se permite o autoconhecimento? As cartas trazem respostas às inquietações mas questionam as motivações, os impulsos, as contradições…
   O estado das coisas é fruto do estado anterior, assim como o futuro se faz dos movimentos nos próximos segundos, em tempo real reescrevemos nossa trajetória e o giro do planeta é acelerado a cada passo, realçado a cada pausa de contemplação da caminhada…Mais que olhar as cartas, olhar a si através delas…
   A busca é o primeiro passo, sendo os seguintes através dos meios. Os oráculos mantém presença ao caminhar das pessoas desde seus surgimentos, como eficientes ferramentas de exploração, reflexão, revelação e questionamento. Primeiramente como uma perspectiva externa a situação, permitindo olhar em terceira pessoa, deslocando ponto de vista e por tanto auxiliando visualizações distintas, novas e muitas vezes unicamente particulares ao olhar oracular.
   Quando se pausa a movimentação do cotidiano, alterando postura, comportamento e foco, tendo em vista especial atenção na situação que for, todo o relacionamento, sendo situação externa ou interna, se transforma. Pois são os atos que constituem sentido e deixar-se sentir nos explica muito sobre os próprios atos…

   Por isso, o convite a permitir-se explorar os diferentes olhares para o mesmo caminho. Pois qualquer montanha terá mais de uma trilha em sua travessia e diferentes caminhos podem até te levar ao mesmo resultado, o que muda é a sua jornada!

Um convite! Um Chamado!

 

 

As Distorções do Amor Próprio do Corpo ao Espírito


   Eu poderia simplesmente fazer mais um artigo meloso falando que o universo é cor de rosa e que tudo vai dar certo, mas nós sabemos que no dia a dia, muitas coisas acontecem e afetam, muitas vezes, de forma impiedosa  como nos sentimos…como agimos…pensamos a respeito de nós mesmas…isso reflete no amor próprio, ou melhor, na falta dele!!

   O reflexo já conhecido deste drama, da falta de amor próprio, são os sintomas depreciativos…deprimidos, de desequilíbrio emocional,  assim caímos numa grande armadilha produzida por nós mesmas e hoje vamos conversar de forma mais analítica olhando o mundo através de nós e como o contrário tem sido potencialmente nocivo à saúde integral.

   Como os problemas de amor próprio afetam seu Ser?

   Ampliando nosso olhar além da  superfície do lago…mergulhando e navegando através dos sistemas básicos de uma pessoa que está “de mal consigo mesma” e quão profundo isso pode ressoar…

   Tomemos como início a mente…logo de cara vem uma indagação simples e direta, se atualmente sua mente atua ou mente…longe de apontar como fonte do problema,  penso na importância de lembrar que o papel da mente é reproduzir a realidade, como toda reprodução, por mais que se aproxime da realidade, é incapaz de expressar-la perfeitamente. Nossos aparelhos sensoriais geram impressões ordenadas como num quebra-cabeça holográfico…gerado dos sentidos básicos.

   Conversar sobre neurociência ou engenharia mental pode ficar para outro texto…mas além do que é projetado sobre os sentidos, há aquilo que se inventa na mente, tão criativa quanto seu funcionamento requer que seja…criatividade e curiosidade traçam os motores lúdicos do campo mental humano e se dão através dos estímulos captados e gerados…

   Antes de explorar o que criamos é necessário olhar para o que é trazido até nós pelo mundo criado…pelas indústrias, promovendo publicidade de ideais, valores e imagens para a vida, tudo isso bem maquiado mas voltado para consumo, portanto criados com objetivo de gerar nas pessoas impressões e sensações que as levem a acreditar em padrões…acreditar que esses padrões possam incluir-las em algum bem-estar social.

   O primeiro questionamento é se esses padrões podem mesmo trazer bem-estar…ou sensação de bem-estar passageiro…em vez de busca em bem ser e se tornar bem…qual o sentido de cuidar-se, afinal?!
   Uma sociedade tentando dizer como deve ser, sendo que das caminhadas, se descobrir já requer atenção…parece facilmente seduzir ou confundir qualquer mente…principalmente quando não se está em algum ou qualquer padrão de posses, corpos, status, enfim, rótulos… As experiências de rompimentos afetivos, rejeição, mudanças repentinas ou inseguranças  se alimentam dessa “publicidade da derrota” pois sempre precisamos de mais ou diferente do que somos e/ou já conquistamos.

   Este contexto já inclina interpretações sobre nós mesmas e aquilo que acontece ao entorno, ou seja, influencia as experiências do dia a dia que muitas vezes poderiam servir de crescimento em vez de declínio.
   O acúmulo das sugestões externas, influenciadoras de modelos, não de essências, levam a densificação psíquica, potencializando impressões construídas por valores que atacam as diferentes formas de ser…a contradição é que todos somos tão diferentes uns dos outros que as próprias diferenças e especificidades, deveriam vetar qualquer termômetro de vida ideal…
   Mas o fato é que nos deixamos influenciar em níveis diferentes, reagindo às pressões, dificuldades e contradições  naturais a vida como reféns. Reféns de uma armadilha que transforma desafios em sofrimento, isso é sobre como fomos educadas…é sobre ser conduzido contra si mesmo para servir a interesses de controle e submissão sistêmicos…afetando principalmente as mulheres.
   O sofrimento acumulado gera padrões mentais de julgamento e condenação das outras pessoas e de si…auto-mutilação…
     Sentimentos de abandono e apatia, de descoloração da vida se expandem se não combatidos. Tomando corpo em ideias mirabolantes sobre como a vida “não funciona”
   O corpo físico reproduz a negação e descuidos que muitas vezes são despercebidos, em sentido que o modo de interpretar  avança ao corpo, como ansiedade ou falta de zelo com suas coisas e seus conteúdos.
   Quando preenchidos com padrões repetitivos ou nocivos, muitos emagrecem ou engordam, tem funções fisiológicas alteradas, dores e sensações das quais vão se familiarizando por mais que sejam distorções de si mesmo…a princípio não se relaciona acidentes, machucados, “azares”, mudanças de semblante, olheiras e alterações de pele com aspecto mentais ou emocionais.
   É ignorado que o corpo serve como veículo de expressão e, principalmente, expressão inconsciente, como nas posturas corporais e gestos espontâneos.
   Os nossos sistemas, mentais, físicos e emocionais formam um único sistema mais complexo, entre sentidos e sentimentos há toda a abstração que tenta lidar com isso, o inconsciente grita em silêncio.
   Todas essas “partes” se influenciam entre si e como sistema maior. Por tanto aquilo que passa através de nós e como se manifesta em nosso interno tem efeitos profundos nas caminhadas…há quem diga que o importante mesmo é o processo, ou seja, como reverberam as diversas experiências.
   Falamos sobre os conjuntos básicos da estrutura humana mas há além, se pensarmos o universo como um oceano de energia, que é aproximadamente o que a física atual aponta…temos essa imagem onde todas as partes estão conectadas, sendo que o que acontece em um ponto prolifera no todo.
   Pensando na lógica do ser, onde há um universo particular interno, o relacionamento dos diferentes campos, como conversamos, gera um estado geral e esse estado atua sobre o próprio ser e sobre seu entorno, isso é denominado de vibração ou estado vibracional.
   Sendo tudo energia, do ar ao ferro, não há espaço vazio e tudo que acontece é mais complexo do que aparenta. Intenções, ideias, sentimentos, por exemplo, geram movimentos nesse oceano de energia, comunicando do interior particular a todo o universo.  
   Como em um sonar, o sinal lançado segue até encontrar uma superfície que o reflita, para isso a vibração (frequência de emissão de pulsos energéticos) tem de ser semelhante, pois apenas vibrações semelhantes têm densidades semelhantes. É como se o mais denso passasse reto ou pouco influenciasse o menos denso.
   O que é denso, afinal?
   Densidade é volume de aglomeração, vibrações mais lentas e pesadas se aproximam do mundo físico. Sem ser necessariamente ruim, mas toda aglomeração dificulta a circulação, aí um problema, responsável ou fruto de muitos desequilíbrios. É evidente que aglomeração de sentimentos, pensamento e sensações negativas geram estragos consideráveis se comparadas com energias estagnadas, a depender sempre da fonte emissora dessas vibrações…
   Sendo toda a matéria feita de energia condensada, nosso corpo físico, mental e emocional participam o tempo todo desses universos energéticos. Aquilo que vibramos gera a correspondência que oferecemos ao universo, estamos o tempo todo emitindo sinais e recebendo outros, a abertura que proporcionamos diz o quanto seremos ou não influenciados pelas cargas negativas ou estagnadas…
   Em um mundo repleto de seres sensíveis e sofrimento, tal combinação gera um contexto energético tenso e onde mantemos atenção, sentidos, emoção e sentimentos  indica onde estamos concentrando nossa comunicação com o universo.
   Chamamos por afinidades, aquilo que oferecemos em nosso íntimo, é que dita o que se aproxima…até mesmo intenções mais escondidas são plenamente visíveis no universo energético, atraindo ou repelindo, dependendo.
   Em perspectiva espiritualista as afinidades são tudo. Quero dizer que se tudo que fazemos, sentimos, pensamos se relaciona com o sentido de nossa presença na existência, atraindo ou repelindo…para os universos espirituais onde a energia está em transição mais constantemente, transformando-se através das dimensões, os efeitos de como somos, principalmente, internamente são avassaladores, atraindo ou repelindo, espíritos com padrões semelhantes ou diferentes, quais passam a se alimentarem(quando negativos) de nossas fontes de energia, se conectando através do que se tem em comum.
   Da mesma forma, quando se elevam e sutilizam os padrões, espíritos que façam sentido podem se relacionar de maneira saudável, como guias ou mentores (que se dedicam a acompanharem nossa caminhada em auxílio).
   Nesse sentido, qualquer padrão negativo ou parado, faz com que a situação se mantenha parada ou piorando, e por mais difícil que pareça, o primeiro passo tentando melhorar faz diferença. A busca por auxílio especializado em olhar mais fundo que as aparências também. Revisar-se internamente permite atualizar olhares e posturas, além de manter um relacionamento de exploração consigo mesmo.    Sendo que a única permanência está na mutação do todo e suas partes…
   Isso nos traz direto ao início do texto, onde é indagado:

se esses padrões podem mesmo trazer bem-estar…ou sensação de bem-estar passageiro…em vez de busca em bem ser e se tornar bem…qual o sentido de cuidar-se, afinal?!”